Redação por Vera Marini, Edição por Thaís Marini
Para
discorrer melhor sobre o assunto convidamos o Professor Duda Lima, Educador Físico
com especialização em Biomecânica aplicada à atividade física e que há 20 anos ministra
aulas de Dança. É proprietário da Cia Duda Lima em São Paulo onde dá aulas de Samba
de Gafieira, Samba no Pé e Pagode, ritmo que ministra também no evento Baila
Costão.
“O
pagode surge na década de 70 juntamente com movimento de uma nova geração de
sambistas e era dançado em reuniões de amigos em um espaço bem limitado. É
uma dança em que o par executa sucessivamente transferências de peso, corpos
bem próximos tendo a dama uma movimentação futura mais deslizada, repique. Ensino
Pagode por ser uma dança simples de ser executada (em relação ao repertório comparado
ao Samba de Gafieira, por exemplo), por ser
divertido, procurado por um público jovem e para preservarmos o nosso “Samba
Paulista”, como era chamado antigamente. Depois
da Lambada e antes da moda do Forró Universitário, era o Pagode que lotava as baladas
de São Paulo e Grande ABC. No Guinness Book a marca de uma música mais executada em
um único dia no mundo é de um grupo de Pagode: Raça Negra com 600 execuções da
música É tarde demais.”

Esses
encontros geralmente eram celebrados com comidas, músicas e danças
características da cultura afro. E segundo Câmara Cascudo, desde aquela época vem
o uso da nomenclatura “pagode” designando essas festas, reuniões ou
celebrações.
Com o
passar do tempo o Samba deixou de ser uma “contravenção” e passou a ser
executado não só nos morros, mas também conquistando seus espaços dentro de
pontos importantes nas cidades. Logo aconteceu a primeira gravação de um Samba
pelo mercado fonográfico: “Pelo Telefone” – Donga, em 1917; o surgimento da
primeira Escola de Samba – “Deixa Falar” em 1928 e aos poucos o Samba foi
evoluindo, criando suas vertentes, dentre elas o Pagode.
Em 1968,
aparece no cenário do Samba o grupo Originais do Samba e com eles durante a
década de 70, surge uma nova geração de sambistas levando o Pagode para todos
os cantos do Brasil: Grupo Fundo de Quintal, Beth Carvalho,Jorge Aragão, Agepê
e Almir Guineto.
Deste
momento para os dias de hoje, sem dúvida, o Pagode se fez reconhecido no Brasil
e internacionalmente enquanto música. As gravadoras investem em novos artistas
e os shows lotam casas noturnas e até estádios de futebol. Porém, e enquanto
Dança? Dificilmente vemos durante um show casais dançando Pagode...
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