Na Social, com DJ Ney Braga - por Thiago Castilha


Há muito tempo venho tentando entrevistar o DJ do Samba, mas nunca deu certo. Sempre estamos na “correria” e por essas e outras deixamos de realizar bons projetos, não é mesmo? Mas em 2014 vai ser tudo diferente - Ano Novo, energia renovada. E o compromisso com o Samba garantindo ao Social Samba Club conteúdo de qualidade e dicas valiosas para quem aprecia nosso ritmo. Para abrir a série de entrevistas especiais deste ano: Ney Braga, o nosso DJ oficial .

SSC - Quem é o Ney Braga?

NB: Um cara simples, que adora música, dançar, sempre de bem com a vida e que gosta de estar com a família e os amigos.

SSC - Qual sua história com o Samba?
NB: A minha história com o Samba vem desde o berço. Mas quando  passa pelo início da adolescência você acaba sendo influenciado pelos amigos e ao mesmo tempo havia uma certa “pressão” familiar para que eu gostasse de Samba. Isso me tornou avesso ao Samba por um bom tempo. Comecei a curtir house music (que é uma das minhas paixões), rap, r&b, rock e muito flash back. Com o passar do tempo você vai amadurecendo e começando a respeitar e conhecer os outros rítmos. Considero de fato, o início da minha relação com o Samba, foi no baile de formatura da minha 8ª. Série.Era só a banda tocar Samba que minhas colegas vinham dançar comigo. Até então, com 14 anos, não manjava nada de dançar Samba. Foi aí que tomei gosto pela coisa.

SSC - E a dança, como começou?
NB: Não sei precisamente quando comecei a dançar. Como sempre frequentava as matinês das antigas discotecas onde aprendi a executar passinhos. Em se tratando de dança à dois, creio que foi por volta dos meus 15 pra 16 anos, muito influenciado por minha irmã que tinha se matriculado em um curso de Dança de Salão. Isso  despertou minha curiosidade em aprender a dançar. Por volta dos 18 anos comecei a frequentar as aulas de Pagode no extinto Lambar, o que fez com que minha relação com o Samba ficasse mais forte.

SSC- Ney Braga, o DJ! Como surgiu essa ideia?

NB:O meu interesse pela discotecagem começou no aniversário de 15 anos da minha irmã, animando a festa , com músicas que faziam um tremendo sucesso nessa época. A coisa era bem amadora mesmo. Foi então que nessas andanças conheci pessoas que me ensinaram o caminho das pedras de como ser um DJ profissional. Aos 16 anos fiz curso de discotecagem com DJ Sandro, que era residente na antiga Rush no bairro de Moema e assumi alguns dias das matinês para pegar o jeito da coisa. Uma época muito gostosa!

SSC - Hoje você é o DJ oficial do Social Samba Club. Como se sente fazendo parte do projeto?

NB:O Social Samba foi uma das coisas mais legais que aconteceram em minha vida. Conheci pessoas que querem manter a boa e velha tradição do Samba, sempre valorizando e propagando a cultura. Você começa a se sentir útil pro Samba. É muito legal!





SSC - Falando um pouco mais sobre o Social, como funciona o trabalho e o fomento ao Samba?
NB: O Social Samba apoia o Samba de diversas formas: organizando e divulgando bailes, Rodas de Samba, exposições culturais, lançando novos valores da música no mercado e principalmente dando orientações para aqueles que buscam se aprofundar mais sobre a mais brasileira das culturas.

SSC - Como está a carreira de DJ de Samba?
NB: A carreira de DJ de Samba vai muito bem, apesar de muitos preferirem o Samba sendo tocado com música ao vivo. Por outro lado, tem muitos que apoiam, dão dicas e no fim das contas, indiretamente acabam se tornando pesquisadores, pois sempre tem alguém te perguntando ou te oferecendo um som que gostaria de escutar nos bailes.
  
SSC - E os planos pra 2014?

NB: Fomentar ainda mais o Samba pois é o ano que os olhos do mundo estão voltados para o Brasil. Temos a chance de mostrarmos o verdadeiro Samba em sua beleza e força enquanto Cultura para o mundo todo!